22 de dezembro de 2016

"A Dama da Fé" no Presídio em Sergipe


 
  Na última sexta-feira, dia 09 de dezembro, o Presídio Feminino (PREFEM), localizado no Povoado Tabocas, na cidade de Nossa Senhora do Socorro, foi lugar de grande júbilo no céu. 

 O Grupo Universal nos Presídios (UNP), juntamente com integrantes dos Projetos T-amar, Raabe e Mães em Oração, se uniram para levar às detentas a Palavra de Deus que transforma vidas. O dia especial foi preparado com bastante antecedência. Foram dias de expectativa, em que cada detalhe foi carinhosamente pensado e elaborado com muito amor e dedicação.

  O evento contou com a presença do Bispo Luis Cláudio, responsável pelo trabalho da Universal no Estado, com o Pr. Joel de Araújo, responsável pelo trabalho nos Presídios e pelo Pr. Carlos Mossolin, responsável pelo trabalho da Cura dos Vícios em Sergipe, além de outros pastores.

 O Bispo destacou a importância de rebater os maus pensamentos que tanto afetam as pessoas, estejam elas encarceradas ou não, ensinando a cada uma delas a rebatê-los usando a fé inteligente. 

 Ele citou a passagem bíblica da Tentação de Jesus, onde o diabo se utiliza da Palavra de Deus para poder tentá-lo. “A intenção do diabo era colocar dúvida em Jesus, a semente da dúvida. E Jesus rebateu na hora com a Palavra!”. O Bispo profetizou ainda a mudança de vida de cada uma delas.

 Várias orações foram feitas, levando-as ao arrependimento e muitas delas, 24 precisamente, decidiram descer às águas do batismo renunciando a vida velha e nascendo para uma nova vida em Cristo.

  Todas receberam exemplares do Livro “A Dama da Fé” biografia de D. Ester Bezerra, esposa do Bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus. Leitura indispensável para aquelas que querem aprender a viver pela fé e vencer os seus medos. Todas elas ganharam ainda, kits com shampoo, condicionador e creme para os cabelos. 

O evento contou com 21 voluntários do Grupo UNP, além de 03 voluntárias do projeto T-amar, 12 do Projeto Raabe e 16 do Projeto Mães em Oração.

A tarde se encerrou com muito louvor e com a certeza de que a Palavra para aquelas que fizeram do seu coração uma boa terra, irá frutificar mais tarde, revelando em cada uma delas, novos frutos de justiça.



Colaborou: Mídia UNP - SE 


20 de dezembro de 2016

EX- TRAFICANTE Evangeliza em Presídios no Maranhão





  Neurimar Silva dos Reis Santos mora em São Luís-Maranhão e há 16 anos, serve a Deus como obreira na Igreja Universal, congregando na Regional no Bairro do Anil na capital.
 Neurimar teve uma vida muito atribulada, marcada pela presença do mal em todos os sentidos desde o ventre da mãe. Fruto de uma gravidez indesejada, pois sua mãe engravidou do próprio patrão onde trabalhava como empregada doméstica, teve seu destino traçado pela então esposa do seu pai – a patroa da casa, que obrigou que sua mãe a entregasse a ela para criar. Ali teve início todo o seu sofrimento porque essa mulher era estéril e a tratava com desprezo, humilhações, surras, enfim, desde a mais tenra idade, Neurimar sofreu violência doméstica e viveu a exclusão.

“Meu pai era um homem trabalhador, ganhava bem na época, mas, viciado em bebidas, não conseguia ver o que acontecia comigo, Toda humilhação e sofrimento que eu passava e eu não tinha coragem de contar nada a ele, pois a mulher de meu pai, me fazia ameaças.....” (Neurimar)

Após o falecimento da sua “madrasta” Neurimar achou que teria então algum sossego, mas isso só piorou a situação, porque, ao invés de ter o carinho do pai que tanto sonhava, passou a sofrer com a rejeição e o descaso dele.  Como ele reunia amigos para beber em casa, Neurimar desde criança aprendeu a fumar e a beber com seu pai – escondido é claro, mas,  um dia, seu pai falou que não poderia mais cuidar dela e a entregou a uma tia que por sua vez, não a  aceitou e sugeriu interna-la em um orfanato como órfã – a diferença é que ela tinha pais vivos, bem vivos e isso só aumentou sua revolta e rebeldia. Só piorou sua situação.

“Nesse orfanato foi o começo para que dentro de mim habitasse um ódio muito grande. Eu me tornei uma adolescente rebelde, dentro daquele orfanato. Tinha dificuldades para ter amizades, não confiava em ninguém. Chorava tanto quando estava sozinha, e me perguntava por que minha mãe me deu?  Todas as crianças daquele lugar horrível iam para suas casas no final de semana. Somente eu ficava com as freiras naquele orfanato enorme. Ah! Quantas noite chorei naquele lugar”. (Neurimar)

 Aos 13 anos foi morar novamente na casa da tia, mas, os seus primos não a quiseram lá e assim, foi morar com o pai que por sua vez a expulsou de casa por não aguentar suas rebeldias. Sozinha, Neurimar foi morar com amigas adolescentes até que um dia, sua mãe verdadeira foi até a escola onde se propôs cuidar de Neurimar – então com 14 anos – e mais uma vez a decepção se fez presente na vida dessa menina já tão sofrida. As brigas com a mãe a fizeram sair de casa, e nesse período já roubava, bebia, usava drogas, e, traficava.

“Comecei a vender drogas em casa de minha mãe, levava muitos amigos para fumar lá e com isso conseguir atrair muitos viciados, traficantes, homicidas e também muitos policiais. Comecei a roubar em motéis, postos de gasolina, em comícios eleitorais para levarmos os carros para desmanche. Minha vida sentimental era um fracasso, me relacionei com uma pessoa a qual a polícia matou  ele na minha frente ... Fiquei muito mal na época. Cheguei a furar pessoas, fui detida várias vezes por acusações de vendas de drogas,  mas, por nunca deixar flagrantes comigo eles não conseguiam me guardar por muito tempo.   Até que me envolvi  em um assalto de taxi onde o carro capotou comigo, e tive fratura na bacia,  porém, ao chegar na delegacia, fui presa por um crime que não cometi”.(Neurimar)

Neurimar conheceu seu esposo na vida de crimes e, ao sair da cadeia, passou a viver com ele. Um dia, assistiram a um programa da Igreja Universal na TV e seu esposo falou: “Um dia irei nessa igreja” E ele foi. Ali ele teve uma grande transformação mas, eu não aceitava essa lado bom dele, seu modo de me tratar, o respeito e o carinho dele só me afastava. Tivemos uma briga horrível e eu o mandei embora”.(Neurimar)

Orientado pelos pastores o esposo de Neurimar resistiu às pressões e, com muito custo, conseguiu leva-la à igreja. Nas reuniões, passou a observar as pessoas, os pastores, como eles falavam e começaram as mudanças. Batizou-se nas águas e após uma grande guerra interior, passou a evangelizar e tornou-se Obreira.
 Hoje, Neurimar trabalha como obreira na equipe da UNP em São Luís-MA.

“Hoje, sinto-me honrada de fazer parte da UNP. O primeiro dia que entrei no presidio tive que conter as lagrimas para não chorar.   Já servi o meu Jesus em quase todos os grupos da Universal, mas o trabalho do presidio é algo maior, onde me vejo ali falando a linguagem deles (as), pois vivi na pele aquilo que eles vivem aquele conflito de pensamentos, a vontade que grita dentro da alma de mudar mas que, por muitas situações, acaba por estacionar no tempo, porque, a droga, muda a sua mentalidade, pensamento e você adquire por momentos, várias personalidades.
Eu sou uma mulher feliz hoje, nunca recebi um abraço ou beijo de uma mãe. Um carinho de pai nunca tive irmãos para brincar ..... Mas, sabe de uma coisa, o meu Senhor deu-me vários irmãos que sei que me amam de verdade que estão entre os obreiros, membros da nossa Igreja. Deu-me o prazer de conhecer vários Homens de Deus com suas Respectivas Esposas que me ensinam até hoje como ser uma mulher Sábia e a reconhecer o valor depositado em mim por Deus.
Deus me escolheu! Quer riqueza maior que essa? Tudo que tenho e que sou hoje agradeço em primeiro lugar a Deus, e em segundo lugar a Igreja universal!
  Muito  obrigado  Meu Deus .
Neurimar, obreira da UNP – MA



Colaborou: Mídia UNP - MA

UNP Promove Exposição de Artes no Maranhão





  No dia 29 de novembro, às 19 horas, teve início um evento pioneiro no estado do Maranhão – a Exposição de Arte Prisional intitulada “Olhar do Cárcere” – que teve como objetivo mostrar os trabalhos de arte realizados por internos do Complexo Penitenciário de São Luís.   O local escolhido para essa exposição foi a Casa do Maranhão, um dos prédios coloniais mais antigos do Estado e que faz parte do Acervo do Patrimônio Histórico da Cidade de São Luís.
 
  A ideia de realização desta Exposição partiu de um sonho, tanto do Coordenador do Projeto Artes nos Presídios – o Pastor Venino –  o diretor da Maércio Cutrim e a Assistente Social Marilene Silva da Unidade Prisional de Ressocialização São Luís 1 (UPRSL 1) que levaram a ideia adiante e conseguiram que este sonho se tornasse realidade.

  Para que o evento fosse realizado 18 voluntários da UNP Maranhão participaram, destacando-se um voluntário que confeccionou os cavaletes e a Banda Guerreiros do Ebrom, liderada também por um membro voluntário da Equipe UNP Maranhão, e que trouxe ainda mais alegria com as músicas animando o evento.
  O trabalho constou de pintura em tela e telhas feitos por internos cuja essência dos seus trabalhos com tema livre, retratou olhares diferentes a partir de um mesmo ambiente: a cela.  O esforço dos internos foi recompensado com uma noite cheia de bênçãos, com a presença de toda a equipe da UNP-MA, dirigentes e coordenadores do Sistema Prisional e do Diretor da Casa do Maranhão, como também de escritores.

  O grande momento deu-se com a chegada de dois internos participantes do Curso de Artes nos Presídios, que se destacaram como talentos descobertos e que foram até o local representar todos os internos que fizeram o Curso.  Um momento muito emocionante, pois, ver seus quadros expostos em uma galeria de arte, foi um momento ímpar e único para esses dois homens que estão ao final de suas penas e que pintaram quadros com temas diferentes e tão relevantes.

 O evento trouxe muitas surpresas, onde pode-se constatar nos depoimentos dos presentes – diretores, convidados e internos – a satisfação com o trabalho da Universal em levar a Palavra de Deus a esses internos tanto na teoria quanto na prática, pois, ao mesmo tempo, ao realizar oficinas como essa, a Universal está contribuindo para que esses internos tenham meios de ganhar ou gerir sua própria renda por meio de um trabalho digno, honesto e cheio de talento.

  O Pr. Venino abriu o evento fazendo uma oração com todos os presentes. Em seguida falou sobre a importância da exposição e passou a fala aos diretores e internos que quisessem expor sua opinião sobre o evento.
  A opinião de Odaisa Gadelha, Secretária Adjunta de Atendimento e Humanização -SEAP, retrata bem o significado do trabalho na Universal no Complexo Penitenciário de São Luís
 “Vejo essa iniciativa da Igreja Universal como algo de extrema importância, vocês são peças fundamentais para a recuperação de qualquer pessoa. Nós precisamos de vocês. Sem o apoio da Igreja Universal seria impossível fazer com que esses internos tivessem a ressocialização. Obrigada é pouco para o trabalho dessa Igreja e estamos aqui, sempre dispostos para colaborar com o que for preciso”.(Odaísa Moura Gadelha Neta - Secretária Adjunta de Atendimento e Humanização – SEAP.)

Corroborando, a Supervisora da Assistência Religiosa – SEAP, este foi um momento histórico:
“Todo sonho pode sim um dia virar realidade. Essa exposição um dia foi um sonho e essa noite ela virou realidade e vai ficar na história do Sistema Prisional do Maranhão. Lindo trabalho Pr. Venino toda sua equipe e a Igreja Universal”. (Karla Janine Vieira Dutra – Supervisora da Assistência Religiosa – SEAP)

A fala do Diretor da Casa do Maranhão, local onde aconteceu o evento, retratou de forma ímpar o trabalho da Universal nos Presídios.
“Eu nunca tinha participado de uma exposição dessa natureza. É a primeira vez que participo de um projeto de tamanha magnitude, um projeto tão lindo de acesso aos direitos humanos. Um projeto de arte que traz liberdade aos seres humanos. Está sendo muito gratificante participar desse projeto. A Universal realmente está de parabéns, é algo inovador. Para a Casa do Maranhão esta exposição está sendo muito importante, enriquecedora, porque só concretiza o pensamento do Governador do Estado do Maranhão, onde essa Casa fosse realmente uma casa de todos, onde todos pudessem frequentar, expor, enfim... muito enriquecedor”. (Diretor da Casa do Maranhão).

Os dois internos que se destacaram como talentos, também deram sua contribuição om seus depoimentos:
“Pra mim este trabalho da Igreja Universal traz muita paz pra nós, porque nós ficamos lá sem fazer nada e esse curso trouxe mais esperança pra nós. Eu nem sabia que eu pintava, nunca pintei um quadro na minha vida. E agora eu fiz um navio.... Quando o pastor da Universal chega lá, nós sentimos uma paz, uma alegria tão grande... É muito bom esse trabalho” (Interno Talento Descoberto)
Eu acho que sem o trabalho da Universal ficava mais difícil pra nós. Acho que isso é uma oportunidade da gente crescer, de aprender mais sobre apalavra de Deus. Hoje eu sei que posso sair dali sem medo, tenho fé, esse trabalho da Universal faz a gente ficar mais calmo, você chega, e aprende alguma coisa. É muito bom esse trabalho (Talento, Interno)

Ao final foi servido um coquetel a todos os presentes, inclusive aos internos que participaram da inauguração da exposição.




Colaborou: Mídia UNP - MA