13 de janeiro de 2017

Tinha Tudo para dar Errado!




Meu nome é Aparecida dos Santos, tenho 50 anos, sou viúva, empresária, e o que eu vou contar a seguir é a minha trajetória percorrida até aqui, que é algo realmente muito forte.

Minha juventude foi de muito sofrimento, meu padrasto bebia muito, haviam muitas brigas dentro de casa por conta da bebida, a casa era um inferno e quase fui violentada pelo meu padrasto. Foi horrível!

Após este incidente foi quando eu iniciei no mundo das drogas. Por muito tempo fui usuária de cocaína e quando certo dia eu estava em uma casa onde eu comprava e consumia drogas, conheci o meu marido. Justamente neste dia chegou um rapaz trazendo certa quantidade de drogas para abastecer aquele ponto de vendas, começamos a conversar e em pouco tempo passamos a namorar e nos casamos.

 Depois do casamento eu parei com os vícios e ele parou com as vendas, por conta dos dois filhos que vieram a nascer, certo dia tivemos uma briga seria e chegamos a uma separação onde ele desestruturado emocionalmente começou a vender drogas novamente, foi então que a polícia pegou ele com muitas quantidades de drogas, ele foi preso e condenado a três anos de cadeia.

Durante as visitas, por não ter ninguém para cuidar dele, tornamos a nos reconciliar, foi uma época muito difícil, eu estava com duas crianças e tinha que leva-los comigo para dentro do presidio. O lugar era muito carregado e o clima era muito difícil, na época trabalhava muito como doméstica e não tinha ninguém que me ajudasse, foi então que comecei a usar cocaína novamente.

 Depois de um tempo meu marido saiu da prisão e começamos a nos erguer financeiramente, abrimos um bar e foi quando as coisas começaram a caminhar. Nossos filhos nesta época já eram crescidos e viam constantemente brigas entre eu e meu marido, as brigas eram sempre por causa das crianças pois ele me acusava que eu não as educava de forma correta, pois os meus filhos também começaram a usar drogas, foi então que mais uma vez brigamos e nos separamos, eu caí de uma forma pior nos vícios.

Um dia quando eu voltava do meu trabalho, fui direto para o ponto de venda de drogas onde eu consumia cocaína. Próximo do local, ouvi um grito de uma pessoa desesperada, quando vi era meu filho que estava sendo prezo pelo policial. Neste momento meu instinto de mãe falou mais forte! Eu agarrei o policial e fiz soltar meu filho, que fugiu, o policial ficou muito irritado com a minha atitude. Neste momento o policial me revistou e encontrou comigo uma pequena quantidade de drogas que ele mesmo havia colocado, ele me levou para delegacia e fui condenada a um ano e três meses de prisão injustamente. Ironicamente a situação se inverteu, eu que antes visitava meu marido na prisão, agora aguardava as visitas dele, era o meu marido agora quem me visitava na prisão.

 Dentro da prisão fui evangelizada por um voluntário da Igreja Universal, tudo aquilo que ele falava tocou fundo dentro de mim, eu aceitei aquelas palavras, fiz um pacto de obediência, de sacrificar tudo de errado e entreguei a minha vida a Jesus. Logo depois soube que o meu filho mais velho fez a mesma coisa do lado de fora, havia deixado o mundo do crime e também estava buscando a Deus.

 Quando saí da prisão fui direto com meu filho a uma igreja Universal. A partir daquele dia passei a ter um compromisso com Deus de fato e de verdade, eu e meu marido começamos a construir nossa vida novamente e abrimos um comercio no ramo de produtos para piscinas, tudo com muita luta e dificuldade, mas estávamos crescendo.
 Certo dia meu filho mais novo, que ainda estava no mundo da criminalidade, apareceu em casa no meio da noite todo ensanguentado. Contou que tinha brigado na rua, meu filho mais velho já afastado da igreja, se revoltou, pegou uma arma com um amigo, chamou o irmão agredido e foi atrás do agressor. Chegando no local onde o agressor se encontrava meu filho mais novo (o que tinha sofrido as agressões) matou o agressor com dez tiros. Um ano depois os dois foram presos.

O mais velho pegou um ano e o mais novo dezesseis anos de prisão. Nessa época o pai não tinha mais condições de ir ver os filhos encarcerados, pois a doença o havia debilitado.

Agora eu me encontrava com dois filhos presos e o marido internado. Mesmo assim continuei usando a minha fé, fazendo meus propósitos com Deus e lutando pela minha família.

O filho mais velho se converteu de verdade dentro da prisão através das reuniões feitas pela UNP dentro das unidades prisionais; meu marido faleceu me deixando com muitas dívidas. Mais através da fé consegui pagar uma por uma. Lembro que nesta época comprávamos um balde de cloro e hoje em meio a crise compramos de carreta fechada. Comprei meu carro, tenho a casa, que é a mais bonita da rua onde moro, meu filho mais velho foi solto, o mais novo já se converteu graças a DEUS. Hoje eu e meu filho mais velho vamos juntos para a igreja.





Colaborou: Mídia UNP Jaçanã

Um comentário :

  1. Muito forte, a fé perseverante move montanhas. E esse é o trabalho da UNP: Salvando vidas dentro e fora das unidades.

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