A ex-modelo contou a sua história e presenteou as detentas com exemplares do seu livro, “Morri para viver”
O último sábado (20) foi um dia atípico para pouco mais de 100 detentas da Penitenciária Feminina da Capital, na zona norte de São Paulo, que ouviram a história de superação da ex-modelo Andressa Urach, contada pessoalmente por ela.

“Eu amo estar nos presídios, porque eu estava ‘presa’ e não sabia”, afirmou Andressa, ao resumir parte do que confidencia no livro “Morri para viver”, publicado em 2015, após uma traumática internação hospitalar, que quase a levou à morte.


Hora de recomeçar
“Durante muitos anos eu carreguei muito ódio, muita raiva. Eu queria matar o meu abusador”, desabafou Andressa ao falar da rejeição que sofreu quando ainda era um bebê, dos abusos sexuais – que começaram aos 6 anos de idade – e da vida no caminho da prostituição.

Durante a visita, Andressa também conheceu o Maternal Infantil, onde ficam cerca de 60 mulheres que deram à luz recentemente e que só poderão ficar com os seus bebês até os 7 meses de idade. “Eu comecei a me prostituir com 16 anos. E vejo que há uma chance para recomeçar”, disse Andreia, mãe de duas crianças, a segunda nascida dentro do presídio.
Andressa destacou às presas que a decisão mais importante de sua vida foi ter se batizado nas águas, como prova da sua entrega verdadeira a Deus. Catorze participantes também não hesitaram e, com uma piscina improvisada na porta da capela, desceram às águas (foto acima).

“Eu me arrependi de tudo o que fiz de errado nessa vida. Minha família me abandonou, ninguém acredita mais em mim. Porém, o dia de hoje é um renascimento para mim”, desabafou Fernandine, na fila do batismo.
Ao final da palestra, Andressa presenteou as detentas com exemplares do seu livro, para que conheçam a fundo a sua transformação. “Ainda que apenas uma de vocês se converta como eu me converti, já vai ter valido a pena ter vindo até aqui”, observou.
Cura interior


Fonte: Universal.org
http://www.universal.org/noticia/2016/02/23/andressa-urach-visita-penitenciaria-feminina-em-sao-paulo-35756.html