Neurimar Silva dos Reis Santos mora em São Luís-Maranhão e
há 16 anos, serve a Deus como obreira na Igreja Universal, congregando na Regional no Bairro
do Anil na capital.
Neurimar teve uma vida muito atribulada, marcada pela
presença do mal em todos os sentidos desde o ventre da mãe. Fruto de uma
gravidez indesejada, pois sua mãe engravidou do próprio patrão onde trabalhava
como empregada doméstica, teve seu destino traçado pela então esposa do seu pai
– a patroa da casa, que obrigou que sua mãe a entregasse a ela para criar. Ali
teve início todo o seu sofrimento porque essa mulher era estéril e a tratava
com desprezo, humilhações, surras, enfim, desde a mais tenra idade, Neurimar sofreu
violência doméstica e viveu a exclusão.
“Meu pai era um homem
trabalhador, ganhava bem na época, mas, viciado em bebidas, não conseguia ver o
que acontecia comigo, Toda humilhação e sofrimento que eu passava e eu não
tinha coragem de contar nada a ele, pois a mulher de meu pai, me fazia
ameaças.....” (Neurimar)
Após o falecimento da sua “madrasta” Neurimar achou que
teria então algum sossego, mas isso só piorou a situação, porque, ao invés de
ter o carinho do pai que tanto sonhava, passou a sofrer com a rejeição e o
descaso dele. Como ele reunia amigos
para beber em casa, Neurimar desde criança aprendeu a fumar e a beber com seu
pai – escondido é claro, mas, um dia,
seu pai falou que não poderia mais cuidar dela e a entregou a uma tia que por
sua vez, não a aceitou e sugeriu
interna-la em um orfanato como órfã – a diferença é que ela tinha pais vivos,
bem vivos e isso só aumentou sua revolta e rebeldia. Só piorou sua situação.
“Nesse orfanato foi o
começo para que dentro de mim habitasse um ódio muito grande. Eu me tornei uma
adolescente rebelde, dentro daquele orfanato. Tinha dificuldades para ter
amizades, não confiava em ninguém. Chorava tanto quando estava sozinha, e me
perguntava por que minha mãe me deu?
Todas as crianças daquele lugar horrível iam para suas casas no final de
semana. Somente eu ficava com as freiras naquele orfanato enorme. Ah! Quantas
noite chorei naquele lugar”. (Neurimar)
Aos 13 anos foi morar novamente na casa da tia, mas, os seus
primos não a quiseram lá e assim, foi morar com o pai que por sua vez a
expulsou de casa por não aguentar suas rebeldias. Sozinha, Neurimar foi morar
com amigas adolescentes até que um dia, sua mãe verdadeira foi até a escola
onde se propôs cuidar de Neurimar – então com 14 anos – e mais uma vez a decepção
se fez presente na vida dessa menina já tão sofrida. As brigas com a mãe a
fizeram sair de casa, e nesse período já roubava, bebia, usava drogas, e, traficava.
“Comecei a vender
drogas em casa de minha mãe, levava muitos amigos para fumar lá e com isso
conseguir atrair muitos viciados, traficantes, homicidas e também muitos
policiais. Comecei a roubar em motéis, postos de gasolina, em comícios
eleitorais para levarmos os carros para desmanche. Minha vida sentimental era um
fracasso, me relacionei com uma pessoa a qual a polícia matou ele na minha frente ... Fiquei muito mal na
época. Cheguei a furar pessoas, fui detida várias vezes por acusações de vendas
de drogas, mas, por nunca deixar
flagrantes comigo eles não conseguiam me guardar por muito tempo. Até que me envolvi em um assalto de taxi onde o carro capotou
comigo, e tive fratura na bacia, porém,
ao chegar na delegacia, fui presa por um crime que não cometi”.(Neurimar)
Neurimar conheceu seu esposo na vida de crimes e, ao sair da
cadeia, passou a viver com ele. Um dia, assistiram a um programa da Igreja
Universal na TV e seu esposo falou: “Um
dia irei nessa igreja” E ele foi. Ali ele teve uma grande transformação mas, eu
não aceitava essa lado bom dele, seu modo de me tratar, o respeito e o carinho
dele só me afastava. Tivemos uma briga horrível e eu o mandei embora”.(Neurimar)
Orientado pelos pastores o esposo de Neurimar resistiu às
pressões e, com muito custo, conseguiu leva-la à igreja. Nas reuniões, passou a
observar as pessoas, os pastores, como eles falavam e começaram as mudanças.
Batizou-se nas águas e após uma grande guerra interior, passou a evangelizar e
tornou-se Obreira.
Hoje, Neurimar trabalha como obreira na equipe da UNP em São Luís-MA.
“Hoje, sinto-me honrada de fazer parte da UNP. O primeiro dia que entrei no presidio tive que conter as
lagrimas para não chorar. Já servi o meu Jesus em quase todos os grupos
da Universal, mas o trabalho do presidio é algo maior, onde me vejo ali falando a
linguagem deles (as), pois vivi na pele aquilo que eles vivem aquele conflito
de pensamentos, a vontade que grita dentro da alma de mudar mas que, por muitas
situações, acaba por estacionar no tempo, porque, a droga, muda a sua
mentalidade, pensamento e você adquire por momentos, várias personalidades.
Eu sou uma mulher feliz hoje, nunca recebi
um abraço ou beijo de uma mãe. Um carinho de pai nunca tive irmãos para brincar
..... Mas, sabe de uma coisa, o meu Senhor deu-me vários irmãos que sei que me
amam de verdade que estão entre os obreiros, membros da nossa Igreja. Deu-me o
prazer de conhecer vários Homens de Deus com suas Respectivas Esposas que me
ensinam até hoje como ser uma mulher Sábia e a reconhecer o valor depositado em
mim por Deus.
Deus me escolheu! Quer riqueza maior que
essa? Tudo que tenho e que sou hoje agradeço em primeiro lugar a Deus, e em
segundo lugar a Igreja universal!
Muito
obrigado Meu Deus .
Neurimar, obreira da
UNP – MA
Colaborou: Mídia UNP - MA
São histórias como esta que me tocam o coração.
ResponderExcluirÉ incrivel a transformação que Deus proporciona nas pessoas =) Gratidão.
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