20 de dezembro de 2016

EX- TRAFICANTE Evangeliza em Presídios no Maranhão





  Neurimar Silva dos Reis Santos mora em São Luís-Maranhão e há 16 anos, serve a Deus como obreira na Igreja Universal, congregando na Regional no Bairro do Anil na capital.
 Neurimar teve uma vida muito atribulada, marcada pela presença do mal em todos os sentidos desde o ventre da mãe. Fruto de uma gravidez indesejada, pois sua mãe engravidou do próprio patrão onde trabalhava como empregada doméstica, teve seu destino traçado pela então esposa do seu pai – a patroa da casa, que obrigou que sua mãe a entregasse a ela para criar. Ali teve início todo o seu sofrimento porque essa mulher era estéril e a tratava com desprezo, humilhações, surras, enfim, desde a mais tenra idade, Neurimar sofreu violência doméstica e viveu a exclusão.

“Meu pai era um homem trabalhador, ganhava bem na época, mas, viciado em bebidas, não conseguia ver o que acontecia comigo, Toda humilhação e sofrimento que eu passava e eu não tinha coragem de contar nada a ele, pois a mulher de meu pai, me fazia ameaças.....” (Neurimar)

Após o falecimento da sua “madrasta” Neurimar achou que teria então algum sossego, mas isso só piorou a situação, porque, ao invés de ter o carinho do pai que tanto sonhava, passou a sofrer com a rejeição e o descaso dele.  Como ele reunia amigos para beber em casa, Neurimar desde criança aprendeu a fumar e a beber com seu pai – escondido é claro, mas,  um dia, seu pai falou que não poderia mais cuidar dela e a entregou a uma tia que por sua vez, não a  aceitou e sugeriu interna-la em um orfanato como órfã – a diferença é que ela tinha pais vivos, bem vivos e isso só aumentou sua revolta e rebeldia. Só piorou sua situação.

“Nesse orfanato foi o começo para que dentro de mim habitasse um ódio muito grande. Eu me tornei uma adolescente rebelde, dentro daquele orfanato. Tinha dificuldades para ter amizades, não confiava em ninguém. Chorava tanto quando estava sozinha, e me perguntava por que minha mãe me deu?  Todas as crianças daquele lugar horrível iam para suas casas no final de semana. Somente eu ficava com as freiras naquele orfanato enorme. Ah! Quantas noite chorei naquele lugar”. (Neurimar)

 Aos 13 anos foi morar novamente na casa da tia, mas, os seus primos não a quiseram lá e assim, foi morar com o pai que por sua vez a expulsou de casa por não aguentar suas rebeldias. Sozinha, Neurimar foi morar com amigas adolescentes até que um dia, sua mãe verdadeira foi até a escola onde se propôs cuidar de Neurimar – então com 14 anos – e mais uma vez a decepção se fez presente na vida dessa menina já tão sofrida. As brigas com a mãe a fizeram sair de casa, e nesse período já roubava, bebia, usava drogas, e, traficava.

“Comecei a vender drogas em casa de minha mãe, levava muitos amigos para fumar lá e com isso conseguir atrair muitos viciados, traficantes, homicidas e também muitos policiais. Comecei a roubar em motéis, postos de gasolina, em comícios eleitorais para levarmos os carros para desmanche. Minha vida sentimental era um fracasso, me relacionei com uma pessoa a qual a polícia matou  ele na minha frente ... Fiquei muito mal na época. Cheguei a furar pessoas, fui detida várias vezes por acusações de vendas de drogas,  mas, por nunca deixar flagrantes comigo eles não conseguiam me guardar por muito tempo.   Até que me envolvi  em um assalto de taxi onde o carro capotou comigo, e tive fratura na bacia,  porém, ao chegar na delegacia, fui presa por um crime que não cometi”.(Neurimar)

Neurimar conheceu seu esposo na vida de crimes e, ao sair da cadeia, passou a viver com ele. Um dia, assistiram a um programa da Igreja Universal na TV e seu esposo falou: “Um dia irei nessa igreja” E ele foi. Ali ele teve uma grande transformação mas, eu não aceitava essa lado bom dele, seu modo de me tratar, o respeito e o carinho dele só me afastava. Tivemos uma briga horrível e eu o mandei embora”.(Neurimar)

Orientado pelos pastores o esposo de Neurimar resistiu às pressões e, com muito custo, conseguiu leva-la à igreja. Nas reuniões, passou a observar as pessoas, os pastores, como eles falavam e começaram as mudanças. Batizou-se nas águas e após uma grande guerra interior, passou a evangelizar e tornou-se Obreira.
 Hoje, Neurimar trabalha como obreira na equipe da UNP em São Luís-MA.

“Hoje, sinto-me honrada de fazer parte da UNP. O primeiro dia que entrei no presidio tive que conter as lagrimas para não chorar.   Já servi o meu Jesus em quase todos os grupos da Universal, mas o trabalho do presidio é algo maior, onde me vejo ali falando a linguagem deles (as), pois vivi na pele aquilo que eles vivem aquele conflito de pensamentos, a vontade que grita dentro da alma de mudar mas que, por muitas situações, acaba por estacionar no tempo, porque, a droga, muda a sua mentalidade, pensamento e você adquire por momentos, várias personalidades.
Eu sou uma mulher feliz hoje, nunca recebi um abraço ou beijo de uma mãe. Um carinho de pai nunca tive irmãos para brincar ..... Mas, sabe de uma coisa, o meu Senhor deu-me vários irmãos que sei que me amam de verdade que estão entre os obreiros, membros da nossa Igreja. Deu-me o prazer de conhecer vários Homens de Deus com suas Respectivas Esposas que me ensinam até hoje como ser uma mulher Sábia e a reconhecer o valor depositado em mim por Deus.
Deus me escolheu! Quer riqueza maior que essa? Tudo que tenho e que sou hoje agradeço em primeiro lugar a Deus, e em segundo lugar a Igreja universal!
  Muito  obrigado  Meu Deus .
Neurimar, obreira da UNP – MA



Colaborou: Mídia UNP - MA

Um comentário :

  1. São histórias como esta que me tocam o coração.
    É incrivel a transformação que Deus proporciona nas pessoas =) Gratidão.
    Meu Site de Salmos

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